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A Acelen, empresa do setor de energia, acaba de receber um financiamento de R$ 257,9 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a implantação de um centro de inovação tecnológica focado no desenvolvimento da macaúba, planta nativa brasileira com alto poder energético.
O projeto, denominado Acelen Agripark, faz parte de uma estratégia integrada para a produção de diesel renovável e combustível sustentável de aviação (SAF), com destaque para a utilização da macaúba, conhecida como uma fonte promissora de biocombustíveis.
O financiamento, concedido pelo Programa BNDES Mais Inovação, marca o primeiro apoio do banco a um projeto voltado à produção de SAF, considerado o “combustível do futuro”.
O objetivo principal do projeto é aumentar a produtividade e competitividade da macaúba, especialmente em terras degradadas nos estados de Minas Gerais e Bahia. A operação prevê a criação de 240 empregos diretos na fase inicial do projeto, além de beneficiar mais de 10 mil famílias de agricultores familiares, que responderão por 20% da produção total dos biocombustíveis.
O Acelen Agripark será instalado em Montes Claros (MG), cidade escolhida por sua proximidade com áreas de produção natural de macaúba e infraestrutura favorável para o desenvolvimento do projeto. Com capacidade de germinação de 1,7 milhão de sementes por mês e produção de 10,5 milhões de mudas por ano, o centro será o coração da pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para a domesticação e cultivo da macaúba. O objetivo é aprimorar a produção de óleo vegetal, utilizado para fabricar biocombustíveis como o diesel renovável e o SAF.
A unidade desenvolverá novas mudas e selecionará os maciços com maior potencial de produção, além de contar com um banco de germoplasma que facilitará a clonagem e melhoramento genético da planta. A ação faz parte de uma estratégia mais ampla da Acelen, com investimento total estimado em US$ 2,7 bilhões, que prevê a produção de 20 mil barris por dia de combustíveis renováveis e a captura de quase 60 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
Além da inovação tecnológica, o projeto busca mitigar impactos ambientais por meio da recuperação de terras degradadas e contribuir para a transição energética global, com foco na descarbonização. Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a iniciativa reforça o compromisso do banco com a promoção de tecnologias sustentáveis no setor energético. “”Ao financiar o primeiro projeto de SAF no Brasil, o BNDES, no governo do presidente Lula, mantém sua contribuição relevante para a transição energética, incentivando iniciativas que tenham impacto social, ambiental e desenvolvimento tecnológico”, destacou o presidente do banco, Aloizio Mercadante.
O CEO da Acelen, Luiz de Mendonça, destacou a importância do projeto para o cenário global de combustíveis renováveis, afirmando que a empresa tem o potencial de se tornar uma das maiores produtoras mundiais de combustíveis sustentáveis. “Apostamos fortemente no agro e, com um ecossistema robusto e integrado, vamos oferecer ao mundo uma solução viável e inovadora, sustentável de ponta a ponta”, explicou Mendonça.
A criação do Acelen Agripark e o desenvolvimento da macaúba estão alinhados com o propósito da empresa de acelerar a transição energética, proporcionando benefícios econômicos, sociais e ambientais para a Bahia, Minas Gerais e o Brasil como um todo. O projeto, além de gerar mais de 90 mil empregos diretos e indiretos, também se destaca pela sua contribuição à agricultura familiar e pelo impacto positivo no uso de terras anteriormente degradadas, fortalecendo a imagem do Brasil como um líder em soluções para a descarbonização global.
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