A Ferrovia Transnordestina é uma das maiores promessas de transformação econômica do Nordeste.
O projeto, que envolve um investimento de R$ 14,9 bilhões, tem o potencial de criar cinco mil empregos diretos e impactar o Produto Interno Bruto (PIB) da região em cerca de R$ 7 bilhões anuais.
A previsão é que a obra seja entregue em 2027. Contudo, já há quem espera começar a usufruir do novo equipamento já no próximo ano.
Com uma extensão de 1.206 km, a ferrovia será responsável por conectar o interior do Piauí até o Porto do Pecém, no Ceará, passando por 53 municípios.
A infraestrutura irá facilitar o escoamento de produtos agrícolas, minerais e industriais, beneficiando não apenas o mercado interno, mas também as exportações. Cidades como Iguatu, Quixeramobim e Quixadá estão entre as localidades que já sentem o impacto positivo das obras em andamento, com expectativas de crescimento econômico local.
Além do efeito econômico direto, o projeto tem um importante papel social. De acordo com o ministro Wellington Dias, a iniciativa “Qualifica PAC” está em andamento para capacitar a mão de obra da região, especialmente entre os beneficiários do Bolsa Família, assegurando que os empregos gerados tenham profissionais qualificados.
Apesar do otimismo do governo e das promessas de geração de emprego e crescimento econômico, a obra enfrenta desafios logísticos e financeiros.
Empresários expressam dúvidas sobre a conclusão dentro do cronograma, citando a falta de avanços significativos em partes da ferrovia, especialmente no Piauí.
Mesmo assim, a previsão é de que as primeiras cargas sejam enviadas pelo Porto do Pecém já em 2025, marcando o início das operações.
A importância da Transnordestina vai além do transporte de grãos. A ferrovia conecta a região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), uma das áreas mais promissoras do Brasil em termos de crescimento econômico.
Essa região não só é rica em produção agrícola, como também possui grandes jazidas minerais e um potencial significativo para a fruticultura.
Com essa conexão, o Nordeste se torna um importante eixo logístico, ligando o interior produtivo aos portos, o que promete atrair ainda mais investimentos para a região.
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