
A agricultura da Bahia alcançou um crescimento de 8,4% em 2024, atingindo o maior valor de produção da história: R$ 47,3 bilhões, segundo dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) 2024, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o estado ocupa a 7ª posição nacional em valor agrícola, seguindo na contramão do desempenho nacional, que registrou queda.
O avanço baiano foi impulsionado principalmente pela fruticultura e pela produção de cacau. A fruticultura registrou alta de 30,5%, alcançando R$ 7,4 bilhões, enquanto o cacau teve um salto de 176,7%, com valor de produção de R$ 6,5 bilhões.
Entre os municípios que se destacam na fruticultura, Juazeiro segue como líder nacional na produção de manga, com R$ 1,037 bilhão gerado em 2024. Já Casa Nova apresentou crescimento de 120%, tornando-se o segundo maior polo fruticultor da Bahia, com R$ 1,007 bilhão.
Outros produtos também contribuíram para o bom desempenho do setor. O café canephora, produzido na Chapada Diamantina, teve aumento de 54% no valor agrícola, somando R$ 2,286 bilhões. A uva, cultivada principalmente no Norte do estado, apresentou acréscimo de R$ 635 milhões.
A Bahia ainda lidera a produção nacional de maracujá, responsável por 35% do total brasileiro, com valor agrícola de R$ 620 milhões, e de guaraná, com 63,3% da safra nacional, somando R$ 27 milhões. No Nordeste, o município de Rio Real se destacou como o maior produtor de laranja, com 241 mil toneladas e valor de produção de R$ 266 milhões.
O cacau foi um dos grandes responsáveis pelo salto no valor da produção agrícola baiana, consolidando a retomada da cultura que por décadas foi símbolo da economia estadual.
Mesmo com queda de 4,5%, a soja se manteve como o produto de maior valor agrícola na Bahia, com R$ 14,4 bilhões. O município de São Desidério, no Oeste baiano, continua como maior produtor de soja do país, com o segundo maior valor agrícola do Brasil: R$ 6,6 bilhões.
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