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Mudar uma antena pode parecer um detalhe, mas para muitas famílias é a diferença entre ver um programa importante e ficar sem sinal. Foi com esse objetivo que o Ministério das Comunicações e a Anatel levaram, na fase B do programa Brasil Antenado, antenas parabólicas digitais gratuitas a domicílios de baixa renda situados em áreas com cobertura de TV precária ou inexistente.
O trabalho foi executado pela Entidade Administrativa da Faixa (EAF), que instalou parabólicas via satélite para manter o acesso à televisão após a desativação das antenas tradicionais. A iniciativa beneficiou, nesta etapa, mais de 229 mil famílias.
A substituição não foi apenas uma modernização: foi necessária para liberar a faixa usada pelo sinal 5G. As antenas antigas ocupavam uma frequência compartilhada com o serviço móvel, o que levou à desativação delas. A EAF também cuidou da limpeza da faixa de 3,5 GHz para viabilizar a chegada do 5G no Brasil — em outras palavras, foi preciso abrir espaço no espectro para as redes móveis sem deixar famílias sem TV.
Podiam receber as novas antenas famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) — ou seja, com renda mensal de até meio salário-mínimo por pessoa — ou famílias já incluídas em programas sociais específicos. A instalação foi oferecida sem custos.
A fase B alcançou municípios em cinco estados: Maranhão, Pará, Piauí, Tocantins e Roraima. O Brasil Antenado está dividido em três etapas: a fase A foi prorrogada até 11 de dezembro de 2025 para atender 77 municípios em Pernambuco, Maranhão, Ceará, Piauí, Pará e Rio Grande do Norte; a fase B corresponde à etapa atual; e a fase C vai cobrir 108 municípios em Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Rio Grande do Sul e Espírito Santo.
No total, o programa deve atingir 323 municípios em 16 estados e alcançar mais de 680 mil famílias ao longo das três fases.
Ao fim, a proposta é simples: garantir que quem depende da TV — seja para informação, educação ou entretenimento — não fique desconectado enquanto o país avança para a nova geração de redes móveis. Não é só tecnologia: é acesso do dia a dia.
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