O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que registra a prévia da inflação de setembro, continua em queda vertiginosa, mas para os baianos, o indicador não trouxe boas notícias. Os números mais recentes do IPCA-15 foram divulgados na manhã desta quarta-feira (25) pelo IBGE.
O resultado do IPCA-15 mostrou que a prévia da inflação de setembro ficou em 0,13%. Esta já é a quarta queda seguida deste indicador, que estava em 0,44% no mês de maio, e depois caiu para 0,39% em junho, 0,30% em julho e 0,19% em agosto. Esse resultado de setembro também foi o mais baixo dos últimos 12 meses.
Neste ano de 2024, o IPCA-15 acumula uma alta de 3,15%. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,12%, abaixo dos 4,35% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2023, a taxa foi de 0,35%.
A cidade de Salvador, entretanto, não tem motivos para comemorar a divulgação dos números mais recentes do IPCA-15. A prévia de setembro na capital baiana registrou uma alta de 0,35%, o resultado mais elevado dentre todas as cidades pesquisadas pelo IBGE.
Depois de Salvador ter aparecido com uma deflação de -0,11% em agosto, o melhor resultado entre todas as capitais pesquisadas, a cidade teve uma alta de cerca de 0,45% entre um mês e outro. Com isso, Salvador pulou de cidade com a prévia da inflação mais baixa em agosto para a capital com índice inflacionário mais alto em setembro.
No trimestre, Salvador registra um aumento de 0,35%, menor do que a média nacional, que é de 0,62%. Já no cálculo de 12 meses, a capital baiana registra um índice de 4,07%, também menor do que foi observado pelo IBGE para todo o Brasil, com total de 4,12%. Por conta da elevação de preços de agosto para setembro, Salvador está agora com o sexto pior índice inflacionário entre todas as capitais.
O IPCA-15 divulgado nesta quarta aponta que a maior variação (0,50%) e o maior impacto (0,08 ponto percentual) na composição do resultado nacional de 0,13% em setembro saíram do grupo Habitação. Outros seis grupos também tiveram alta.
Em Habitação, o principal impacto veio da energia elétrica residencial, que passou de -0,42% em agosto para 0,84% em setembro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1 a partir de 1º de setembro. Destaque também para a alta da taxa de água e esgoto (0,38%) após reajustes tarifários de redução média de 0,61% em São Paulo (-0,15%), a partir de 23 de julho; de 5,81% em Salvador (3,02%), a partir de 1º de agosto; e de 8,05% em Fortaleza (5,23%), a partir de 5 de agosto.
O grupo de Alimentação e Bebidas, que tem forte peso na composição do índice, registrou aumento de 0,05%, após dois meses de queda nos preços. A alimentação no domicílio teve variação de -0,01%, após recuar 1,30% no mês anterior. Contribuíram a queda o recuo nos preços da cebola (-21,88%), da batata-inglesa (-13,45%) e do tomate (-10,70%). No lado das altas, destacam-se o mamão (30,02%), a banana-prata (7,29%) e o café moído (3,32%).
Segundo o IBGE, também teve alta nos preços a alimentação fora do domicílio (0,22%), com desaceleração em relação ao mês de agosto (0,49%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 0,76% em agosto para 0,20% em setembro) e da refeição (0,37% em agosto para 0,22% em setembro).
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