A pesquisa industrial mensal - Produção Física (PIM-PF), realizada no último mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou o bom desempenho da indústria baiana no ano de 2024, que cresceu 2,7%, impulsionada, principalmente, pelo setor de refino de petróleo.
Em entrevista ao Bahia Notícias, o vice-presidente de operações da Acelen, Celso Ferreira, explicou como o crescimento da produção petrolífera e de derivados em 2024 na Refinaria de Mataripe, localizada na Região Metropolitana de Salvador, ajudou nos números positivos do cenário industrial no estado.
“Desde que a Acelen assumiu a Refinaria de Mataripe [em 2022], aumentou a capacidade de produção em mais de 4%, crescendo de 289 mil barris de petróleo dia (kbpd) para 302kbpd, além de ter alcançado vários recordes de produção ao longo do ano passado”, disse o executivo.
Celso ressaltou que a Acelen atingiu números satisfatórios na produção de querosene de avião (QAV) e diesel. “A companhia elevou o teor de médios (diesel S10+diesel S500 + MGO +QAV) da refinaria de 34,0% em 2022 para 40,5% em 2024, e atingiu o recorde anual de produção de 5.170 mil metros cúbicos”.
“A refinaria encerrou o ano de 2024 com uma marca histórica na produção de Querosene de Aviação (QAV), com 607 mil metros cúbicos (m³) do combustível que abastece aviões e helicópteros equipados de turbina a jato, turboélices ou turbo-fans. O resultado é 60% maior que os 383 mil m³ obtidos em 2023”, acrescentou.
PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO
O vice-presidente lembrou que o crescimento da produção energética entre 2024 e 2034 foi estipulado em 7% pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Para ele, as perspectivas da Acelen, também, são positivas para este ano.
“Em janeiro de 2025 alcançamos o maior fator de utilização da refinaria (91%) e um novo recorde mensal de produção de QAV, atingindo 68 mil metros cúbicos mensais, o que corresponde a 6% acima do recorde anterior, registrado em julho/24”, pontuou.
Mesmo com a escalada na produtividade do setor do refino de petróleo, o executivo faz ressalvas quanto ao aproveitamento deste cenário pela população baiana, quanto aos preço dos combustíveis praticados no varejo.
“A estabilidade ou competitividade dos preços dos combustíveis na Bahia depende de fatores como o valor do barril de petróleo, o dólar e cenários socioeconômicos, que podem influenciar nos preços do petróleo”, salientou.
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