O primeiro tempo do jogo entre Palmeiras e São Paulo não foi tão modorrento quanto o esperado, mas ainda assim foi amarrado. Os times fizeram na primeira etapa algo que já era esperado (até escrevi sobre mais cedo), o tricolor abriu mão de algumas das características ofensivas e foi mais cauteloso. Porém assim como o verdão, o time de Crespo errava muito ao atacar e isso se deve as boas defesas montadas para o início da partida. O Palmeiras que já não é muito ofensivo permaneceu da mesma forma, mas subindo menos suas linhas para a saída de jogo.
O Palmeiras tentou fazer em muitos momentos da primeira etapa uma de suas jogadas características que é a bola longa, o time tentou 56 vezes essa jogada. O São Paulo por não ter esse tipo de jogada como arma usou bem menos, apenas 19 tentativas.
Mas o primeiro tempo além de ser marcado pela cautela dos dois times foi marcado também pelos erros ofensivos – citados acima. A posse de bola no primeiro tempo foi quase igual, 59% para o São Paulo e 41% para o Palmeiras. E as perdas de posse também foram muitas, o time de Abel Ferreira perdeu a bola 56 vezes, e o de Crespo 49 vezes.
Com os times nervosos, cautelosos e bem montados defensivamente no primeiro tempo nenhum dos dois conseguiu pressionar o adversário – veja o mapa de pressão abaixo. E também pouco criaram, cada um com 3 finalizações e 1 no gol.
O segundo tempo do jogo foi um pouco mais animado, mas ainda um pouco distante do que os dois times podem entregar, mas muito equilibrado em estatísticas e chances criadas.
Faltou a Hernán Crespo a coragem para subir suas linhas e fazer uma pressão mais alta na saída de bola do Palmeiras, e faltou ao Palmeiras parar a bola nos pés de seus jogadores e utilizar a qualidade de passe do seu meio campo.
A partida foi muito física e amarrada. Não tivemos nenhum gol, pois os times estavam mais preocupados se defender do que em atacar e criar jogadas.
O jogo mais brigado fez com que os armadores do Palmeiras e São Paulo (Veiga e Benítez) pouco tocassem na bola e mal conseguissem criar jogadas. Veiga ficou em campo até os 32 minutos do segundo tempo, 77 minutos ao todo, e tocou na bola apenas 26 vezes, Benítez não voltou para a etapa complementar e no primeiro tempo só conseguiu tocar a bola 23 vezes. Os números desses dois jogadores, e de outros também, demonstram a pobreza ofensiva que foi o jogo.
O empate ficou de bom tamanho para o que foi o jogo, a partida de volta não deixa a expectativa de ser muito melhor que essa, na verdade pode até ser mais tensa.
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